terça-feira, 1 de novembro de 2011

ÚLTIMO DIA

O impacto está acabando e deixando um gostinho de quero mais. Mas o trabalho não para! Neste momento, as equipes estão pela cidade anunciando a amor de Jesus!!! Logo, logo o vídeo com os melhores momentos destes quatro dias.

Mais fotos do Impacto

Os Romeiros













Equipe de Comunicação do Impacto


 Entrevista com Sr. Lunga


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

BONITA E CORAJOSA - PERFIL DE UMA ROMEIRA

por Eliceli Katia Bonan

Ela carrega uma enorme bolsa azul. Em seu chapéu, a foto do Padre Cícero colada com fita durex. O vestido é simples como a fala. À sombra de uma árvore, na Praça dos Socorros, em Juazeiro do Norte – CE, come um pão com queijo manteiga. Depois desse, só restam mais três guardados na bolsa para comer até quarta-feira, quando voltará para casa, no sertão pernambucano. Maria tem 70 anos e está casada pela terceira vez, com um homem de 49. Se esse também morrer, garante que não ficará sozinha, vai arrumar outro. Teve apenas uma filha, precisa de marido. Com duas palavras se define: bonita e corajosa. Viajou um dia inteiro num pau de arara, meio de transporte característico do sertão nordestino, para participar da Romaria de Finados. Já esteve aqui treze vezes, não porque tenha feito alguma promessa, mas pelo apreço que tem ao seu Painho Padim Ciço. Fala dele como se fosse sua razão de ser, o que define sua vida. “Venho pra romaria porque sou matuta”, diz, como para me explicar que acredita em Cícero porque é daqui e não poderia acreditar em outra coisa. “Eu entendo só de coisas simples, como as que o Ciço fala. Não entendo essa língua que vocês de longe vem pra conversar”, esclarece, referindo-se ao nosso sotaque.
Maria me conta de outros anos em que subiu a Serra do Horto, a alguns quilômetros do centro da cidade, num sol acima de 35 graus. Hoje não faz mais isso. Sobe com o ônibus. Para estar aqui, pagou R$ 25 pela cama de uma pousada próxima da Praça dos Socorros, mas não come no lugar. Pergunto o que irá comer quando acabarem os três pães. Ela não sabe. Terá fé no Padim Ciço, porque quando pensa nele não sente nem fome nem sede nem nada. Ofereço um segundo copo de água e ela aceita. Não gosta da água gelada que servimos, mas tem muita sede. Levanto para ir buscar a água e Maria tira o copo da minha mão. “Não precisa ir agora. Pode sentar e conversar mais. Eu não quero muito a água, não”. Falo do amor de Deus. Ela diz que o conhece, é muito amada pelo que está lá em cima. Aconselha-me a nunca ficar longe de Jesus, senão vou perder o rumo na vida. Fico ali até ela terminar seu almoço. Quando trago a água – dois copos, beija minhas mãos, emocionada. Para ela, sou uma santa enviada por Deus.

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Impacto Juazeiro do Norte

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TRABALHOS NO DOMINGO


Grupo de palhaços em manifesto contra a pedofilia





 Evangelismo na Praça Padre Cícero na noite de domingo















Grupo de intercessão que fica na escola enquanto as equipes estão nos pontos de evangelismo

domingo, 30 de outubro de 2011

1º E 2º DIAS

Dezenas de Paus de Arara – o caminhão em que viajam os romeiros, passaram pela Praça do Triângulo em pouco mais de uma hora, na tarde de ontem. No centro da praça, jovens de todos os cantos do Brasil e alguns estrangeiros, oravam, declarando a cidade como território de Jesus Cristo. Ao todo, são 320 jocumeiros que vieram para o impacto. Em outros pontos da cidade, ao mesmo tempo, outras equipes anunciavam Jesus.
A estratégia usada por JOCUM é nunca ir contra a atitude do romeiro ou questionar sua fé, mas mostrar amor com pequenas atitudes, como colocar-se numa praça e adorar a Deus em português, inglês e coreano. Arystton Mendes, obreiro da base Sertão, que organizou a concentração, cita o texto de 2 Crônicas 7.14 e entende que a adoração na praça é profética, declarando um tempo de terra sarada para os próximos cem anos de Juazeiro.
Ainda, ontem à noite, um grupo apresentou teatros na Praça Padre Cícero e outro no Horto, onde está a imagem do padre. Em outros locais estratégicos, equipes formam filas e distribuem água durante o dia e sopa à noite para os romeiros, que vêm para cá com pouco dinheiro e, muitas vezes, passam fome e sede. Para John Henderson, da Nova Zelândia, aluno da ETED de Lausanne – Suíça, a melhor forma de anunciar o evangelho é servir e mostrar amor, estar aberto para demonstrar Deus.
Alguns missionários são mais ousados, como um pastor que integra a equipe de Brasília. Usando a roupa tradicional dos reverendos menonitas, muito parecida com a dos padres, fica na Praça do Socorro, abençoando pessoas. Hoje à tarde, em poucos minutos ali, uma enorme fila de romeiros formou-se para receber a oração do pastor, com muita fé e algumas lágrimas.
No centro da cidade, palhaços passam o dia nos semáfaros de Juazeiro, com cartazes e folhetos num manifesto contra a pedofilia. Nathália Aguiar, JOCUM Sertão, que coordena esse grupo, acredita ter vindo aqui para ser instrumento de Deus e canal de transformação para a realidade das crianças da cidade. Em Juazeiro do Norte estão os maiores índices de tráfico humano de todo o Brasil – crianças e jovens sequestrados, principalmente em épocas de romaria e grande concentração de pessoas, e vendidos para países europeus como escravos sexuais.
Na escola onde estão hospedados os jocumeiros, uma equipe de intercessão reúne-se e entra em batalha espiritual pelos missionários nas ruas e pelos romeiros. O foco das orações, neste impacto, é o fim da cegueira espiritual, a libertação do povo de Juazeiro, que completa cem anos em 2011, e a economia local, de desigualdade e pobreza, baseada no turismo religioso. O desejo de cada missionário é o de que os próximos cem anos sejam de luz e do Reino de Deus estabelecido aqui.
Paulo Leite de Brito e sua esposa Josefa Frutoso acompanham os trabalhos de JOCUM na cidade e apoiam a iniciativa. Paulo é presbítero de uma igreja local. Para ele, Juazeiro tem se tornado um lugar mais tranquilo, com menos opressão espiritual, desde que o trabalho começou. Todos os grupos sociais da cidade estão mais abertos para o evangelismo, pela influência de JOCUM. Há mais tolerância, mais liberdade para falar da fé