domingo, 30 de outubro de 2011

1º E 2º DIAS

Dezenas de Paus de Arara – o caminhão em que viajam os romeiros, passaram pela Praça do Triângulo em pouco mais de uma hora, na tarde de ontem. No centro da praça, jovens de todos os cantos do Brasil e alguns estrangeiros, oravam, declarando a cidade como território de Jesus Cristo. Ao todo, são 320 jocumeiros que vieram para o impacto. Em outros pontos da cidade, ao mesmo tempo, outras equipes anunciavam Jesus.
A estratégia usada por JOCUM é nunca ir contra a atitude do romeiro ou questionar sua fé, mas mostrar amor com pequenas atitudes, como colocar-se numa praça e adorar a Deus em português, inglês e coreano. Arystton Mendes, obreiro da base Sertão, que organizou a concentração, cita o texto de 2 Crônicas 7.14 e entende que a adoração na praça é profética, declarando um tempo de terra sarada para os próximos cem anos de Juazeiro.
Ainda, ontem à noite, um grupo apresentou teatros na Praça Padre Cícero e outro no Horto, onde está a imagem do padre. Em outros locais estratégicos, equipes formam filas e distribuem água durante o dia e sopa à noite para os romeiros, que vêm para cá com pouco dinheiro e, muitas vezes, passam fome e sede. Para John Henderson, da Nova Zelândia, aluno da ETED de Lausanne – Suíça, a melhor forma de anunciar o evangelho é servir e mostrar amor, estar aberto para demonstrar Deus.
Alguns missionários são mais ousados, como um pastor que integra a equipe de Brasília. Usando a roupa tradicional dos reverendos menonitas, muito parecida com a dos padres, fica na Praça do Socorro, abençoando pessoas. Hoje à tarde, em poucos minutos ali, uma enorme fila de romeiros formou-se para receber a oração do pastor, com muita fé e algumas lágrimas.
No centro da cidade, palhaços passam o dia nos semáfaros de Juazeiro, com cartazes e folhetos num manifesto contra a pedofilia. Nathália Aguiar, JOCUM Sertão, que coordena esse grupo, acredita ter vindo aqui para ser instrumento de Deus e canal de transformação para a realidade das crianças da cidade. Em Juazeiro do Norte estão os maiores índices de tráfico humano de todo o Brasil – crianças e jovens sequestrados, principalmente em épocas de romaria e grande concentração de pessoas, e vendidos para países europeus como escravos sexuais.
Na escola onde estão hospedados os jocumeiros, uma equipe de intercessão reúne-se e entra em batalha espiritual pelos missionários nas ruas e pelos romeiros. O foco das orações, neste impacto, é o fim da cegueira espiritual, a libertação do povo de Juazeiro, que completa cem anos em 2011, e a economia local, de desigualdade e pobreza, baseada no turismo religioso. O desejo de cada missionário é o de que os próximos cem anos sejam de luz e do Reino de Deus estabelecido aqui.
Paulo Leite de Brito e sua esposa Josefa Frutoso acompanham os trabalhos de JOCUM na cidade e apoiam a iniciativa. Paulo é presbítero de uma igreja local. Para ele, Juazeiro tem se tornado um lugar mais tranquilo, com menos opressão espiritual, desde que o trabalho começou. Todos os grupos sociais da cidade estão mais abertos para o evangelismo, pela influência de JOCUM. Há mais tolerância, mais liberdade para falar da fé

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